Saúde




Doenças respiratórias em crianças: conheça quais são as 10 principais dúvidas sobre o assunto


Quem tem criança em casa já sabe: nesta época do ano, quando as temperaturas caem, é sempre comum a recorrência de espirros e tosses pela casa e nas salas de aula. No entanto, depois da pandemia do covid-19, a impressão é que os casos têm aumentado, não é mesmo?

E tem mais. Este novo cenário, que chega cheio de dúvidas e incertezas, faz com que as mães e os pais se preocupem de forma excessiva com qualquer sintoma, por menor que seja.

Pensando nisso, ouvimos a otorrinolaringologista do Hiorp e docente do departamento de Otorrinolaringologia Pediátrica do Hospital de Base/Famerp Mayra Coelho Bócoli, para entender quais são os principais questionamentos dos pais nesta época do ano, em especial nesses tempos de coronavírus. 

1)    Doenças respiratórias em crianças são mais comuns no inverno.
No inverno, é comum o aumento na ocorrência de infecções respiratórias, pois os vírus circulam com mais facilidade. No entanto, neste ano, principalmente por conta da pandemia da covid-19, o comportamento dos vírus respiratórios mudou. Vários vírus estão circulando ao mesmo tempo e em períodos diferentes do ano. Ou seja, certos vírus que eram comuns apenas no inverno surgiram no verão, fazendo com que as crianças peguem mais infecções, podendo ser infectadas por até dois vírus ao mesmo tempo. 

2)    Quais sintomas indicam que é necessário levar a criança à emergência?
Para os profissionais de saúde, a criança precisa ser levada ao atendimento de emergência quando apresenta um quadro de febre muito alta que não melhora após três dias, além de tosse muito carregada e desconforto respiratório. Em um quadro de infecção grave, a criança fica muito cansada, com dificuldade para respirar, apresentando um aumento na frequência respiratória (quando aparenta estar ofegante) e perda do apetite. 

3)    Quanto tempo leva para os sintomas apresentarem melhora?
Um quadro de infecção respiratória leve dura, em média, de sete a dez dias. Em muitos casos, algum sintoma residual pode persistir de 15 a 21 dias, dependendo do vírus. Um quadro de tosse, principalmente noturna, e de secreção ou entupimento no nariz pode durar de sete a dez dias com melhora progressiva dos sintomas. A criança começa com uma febre, o nariz entupido e mal estar, o que tende a melhorar ao longo de dez dias, ficando uma tosse residual com catarro. Se a criança apresentar piora após dez dias de infecção, sem diminuição dos sintomas, o médico precisa ser acionado.

4)    O que pode ser feito para amenizar os sintomas da infecção respiratória?
Além do tratamento indicado pelo médico, a lavagem do nariz com soro fisiológico é uma grande aliada, pois ajuda a retirar o excesso de muco do nariz. Em um quadro de infecção viral, o nariz fica inflamado por mais tempo do que o período em que o vírus ficou nele. Então, a lavagem do nariz com soro fisiológico ajuda a eliminar o muco residual que ficou nas vias respiratórias.

5)    Qual a diferença entre gripe e resfriado?
A gripe é uma infecção causada pelo vírus influenza. Trata-se de uma infecção mais generalizada, com um quadro que envolve dor no corpo, mal estar, dor de cabeça, muita secreção no nariz, tosse e, em alguns casos, catarro no pulmão e pneumonia viral. A gripe é uma infecção mais grave. Já o resfriado é causado por vários tipos de vírus, atingindo mais as vias aéreas superiores. Um resfriado pode vir com uma dor de garganta associada, secreção no nariz e tosse seca, mas é um quadro mais leve, ou seja, a criança fica melhor em relação a um quadro de gripe.
 
6)    Como identificar se a criança está com covid-19?
É praticamente impossível diferenciar um quadro de covid-19 de um quadro de gripe ou resfriado sem a realização de um exame. Isso porque a covid-19 apresenta muitos sintomas, que atingem vários sistemas do organismo. Muitas vezes, a infecção só dá diarreia, vômito e febre, em outras ocorre um quadro típico de um resfriado ou de uma gripe. Então, é impossível o médico fazer um diagnóstico sem pedir um exame, pois os sintomas vão variar de pessoa para pessoa, da resposta que cada organismo vai apresentar diante do vírus. 

7)    Infecções respiratórias estão mais recorrentes entre as crianças.
Como os vírus estão apresentando comportamentos diferentes de antes da pandemia e circulando com mais facilidade, as crianças não estão conseguindo melhorar 100% quando são acometidas por uma infecção respiratória. Elas não conseguem se recuperar completamente e acabam sendo infectadas por um novo vírus, ficando adoentadas por meses. A criança emenda um quadro de infecção no outro e o corpo não se recupera totalmente, favorecendo o surgimento de doenças. Quando as vias aéreas superiores e inferiores estão inflamadas, as defesas do organismo ficam prejudicadas. 

8)    Qual o momento de procurar um pediatra ou otorrino quando surge uma infecção respiratória?
O momento de procurar o médico é quando os pais percebem que o catarro não melhora, mesmo após dias de sintomas; quando a criança ronca e tem uma piora da tosse à noite, o nariz fica muito entupido e não para de escorrer; quando a criança apresenta secreção nos olhos e dor de ouvido, além dor e placas na garganta recorrentes e sangramento nasal.

9)    Quais são as formas prevenir a ocorrência de infecções respiratórias?
Uso de máscara a partir dos 2 anos de idade, manter a carteira de vacinação em dia e lavar bem as mãos ou higienizar com álcool em gel 70%. Outro hábito importante, que melhora as vias aéreas e a drenagem do muco do nariz, é a lavagem das narinas com soro fisiológico. O nariz produz muco diariamente e a pessoa consegue drenar esse muco para as partes inferiores, entretanto, no inverno, essa drenagem fica prejudicada porque a umidade do ar é muito baixa. O muco fica mais espesso e ele fica mais parado no nariz. E isso favorece a criança a ficar gripada ou resfriada. 

10)  Lavagem nasal diária durante o inverno.
No inverno, a lavagem nasal deve fazer parte da rotina de crianças de todas as idades, principalmente aquelas que já frequentam a escola. O ideal é que essa lavagem seja feita pelo menos duas vezes ao dia e em alto volume, utilizando uma seringa. A lavagem de alto volume consegue realmente retirar esse muco parado. Já a lavagem de baixo volume, feita com spray, não consegue fazer essa limpeza, apenas umidificando as narinas, o que ajuda em casos de sangramento ou de ressecamento das vias aéreas. Muitos pais têm receio, mas aplicando a técnica certa, a lavagem nasal é muito importante para crianças de todas as idades.

Para fazer a lavagem nasal, escolha uma seringa de acordo com o tamanho da narina da criança e utilize solução fisiológica 0,9%. Realize o procedimento sempre nas duas narinas, mas dê alguns minutos para a criança recobrar o padrão respiratório inicial antes de repetir o procedimento na outra narina. Se a criança souber assoar o nariz, entregue um lenço de papel macio e peça para que ela soe após a lavagem.

Mais informações: www.hiorp.com.br

Fotos: Divulgação




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