
Com uma coleção desejada por muitos adolescentes e jovens adultos, Erica Mello, 31 anos, ostenta no armário dezenas de pares de tênis. São cerca de 50 pares ao todo. Entre os modelos, há aqueles que foram almejados por um longo tempo e conquistados com exclusividade. “Sempre gostei muito de tênis, mas comecei a colecionar mesmo deve ter uns três anos. Nem sempre é fácil conseguir os pares ‘raros’, principalmente pelo valor e a alta procura. Mas tenho alguns que considero raros pela dificuldade que tive de consegui-los, como, por exemplo, os meus Dunk Ben & Jerry's, Air Force x Ow Volt e Dunk Strangelove”, cita a estudante e colecionadora.
Os modelos citados pela “sneakerhead” - como Erica se denomina -, todos da Nike, vêm se tornando objeto de desejo tanto pela exclusividade e dificuldade em obtê-los quanto pelo próprio valor de compra. O modelo Dunk Ben & Jerry's, por exemplo, em uma loja autorizada, está disponível por R$ 11.845,00. Em outra loja online, o modelo Dunk Strangelove custa R$ 11.490,00. “Para mim, os tênis não são investimento, compro os modelos que acho bonito, e são sempre para usar”, completa.
A colecionadora conta que já fez ‘loucuras’ para ter um par de tênis considerado raro. “Minha sobrinha brinca que meu quarto parece uma loja de tênis, mas não é. Já fiz muitas coisas para conseguir um sneaker que eu queria muito. Uma das loucuras foi dormir em fila de loja para garantir meu par em um lançamento. Mas isso é comum. Muitas pessoas fazem isso”, afirma.
Erica Mello, 31 anos, colecionadora e amante de sneakers: mais de 50 pares
“Já dormi em filas para
conseguir alguns pares.”
Erica Mello, colecionadora
Estilo de vida
As estratégias de marketing usadas pela Nike para tornar o calçado ao mesmo tempo um objeto de desejo e pertencimento levam milhares de pessoas a disputarem os modelos. “Quando chegam modelos considerados raros, nós fazemos eventos de lançamento e recebemos pouquíssimas unidades de cada, cerca de 10 unidades apenas”, explica Cleiton Aguiar, franqueado das lojas Authentic Feet e Art Walk, revendedores autorizados.
Para o franqueado, os sneakers se tornaram um lifestyle, ou seja, um estilo de vida. “Para um jovem, hoje, ter um sneaker da moda, que está em alta, ou até mesmo um exemplar raro, é poder fazer parte de um grupo. Torna-se algo de ‘pertencimento’. Os jovens se preocupam muito com a aparência. Mas hoje em dia, não é preciso ter um modelo raro para fazer parte do grupo. É possível chegar na loja e escolher um exemplar Dunk por 700, 800 reais”, garante.
A colecionadora Erica Mello reforça que para ser considerado um sneakerhead não é preciso muito. Apenas gostar e se inteirar sobre o assunto. “Acredito que a pessoa não precise gastar muito para ser considerado sneakerhead. Usando o que gosta e sabendo o que está usando é o que importa. Acho que só pelo fato de você gostar de tênis, ler sobre a história, identificar-se, já te insere no meio. Você acaba conhecendo pessoas incríveis que têm o mesmo gosto que você, as mesmas vontades, e isso é muito bom”.
“Quando chegam modelos raros,
fazemos até eventos de lançamento.
Ter um sneaker é fazer parte de um grupo.
Tem a ver com pertencimento.”
Cleiton Aguiar, lojista
Cleiton Aguiar, franqueado das lojas Authentic Feet e Art Walk: não é só pela moda, é um lifestyle
Fotos: Elton Rodrigues
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