Rio Preto




Tacadas que geram negócios


Para os empresários que se reúnem para jogar no Quinta do Golfe, muito mais do que o esporte, outro grande valor está na oportunidade para se construir relações novas e sólidas de amizade e, principalmente, para se fechar excelentes negócios. Entre uma taca e outra, o networking é uma prática comum, e o resultado desses relacionamentos muitas vezes vale mais do que a vitória propriamente no campo.

“É comum termos conversas sobre desenvolvimento empresarial, tecnologia e tudo o que envolve esse universo. Muitas oportunidades de trabalho saíram lá de dentro. Sempre que precisamos de um profissional, seja de qualquer área, nos lembramos imediatamente dos amigos que encontramos no campo todos os fins de semana”, afirma Luiz Ricardo Queiroz, diretor social do Clube Quinta do Golfe. 

O Quinta do Golfe é o principal local para prática do esporte na região de Rio Preto. São 18 buracos em um espaço de 700 mil metros quadrados com matas nativas, lagos e bancos de areia. O campo é reconhecido como um dos melhores em nível técnico do Brasil. 

Passam pelo tapete do Quinta 110 sócios, que praticam o esporte em média três vezes por semana. “O golfe tem uma característica incomum aos outros tipos de esporte. Como o jogo é longo (dura em média cerca de 3 horas), os jogadores fazem essa jornada caminhando, em um ambiente calmo, com paisagens deslumbrantes e uma rica diversidade de fauna e flora. É natural que essas conversas acabem se aprofundando e se tornem mais produtivas, o que leva a situações de novos negócios, trabalhos e parcerias”, explica Queiroz. 

O empresário do setor da construção civil Hermindo Alberto Filho, 60 anos, é um dos que se apaixonaram pelo esporte. “Comecei vendo amigos jogando, depois fiz aulas e estou há 12 anos jogando golfe. É desafiador conseguir se manter concentrado por três a quatro horas”, diz. 

Alberto Filho enxerga no golfe um valor que vai além da prática de atividade esportiva, propriamente dita, e diz que também já fechou negócios no campo. “Ali você cria um networking muito interessante, principalmente quando disputa algum torneio fora de Rio Preto. Tem médico, dentista, advogado, empresários de todos os setores. Vendi algumas casas que construímos para o pessoal de lá”, revela. 

'Ajudei a vender uma ilha na Bahia’
O médico Renato Silva teve seu primeiro contato com o golfe há 10 anos, no Monte Líbano, clube que mantém um campo de seis buracos. Desde então, não parou mais. “É um esporte muito desafiador. Tenho uma teoria de que quem joga golfe demora 20 anos a mais que qualquer outra pessoa para desenvolver Alzheimer. Exige muito da mobilidade, concentração e cinética”, explica. 

O médico joga pelo menos uma vez na semana, participa de torneios e conseguiu até uma “Hole in one”, a tacada mais difícil do esporte, quando, com apenas uma jogada, o golfista acerta a bola no buraco. 

Ele e a esposa, a também médica Rita de Cássia Alves da Silva, já conquistaram cerca de 30 troféus. Apesar da dedicação e do foco no esporte, admitem que o business não fica de fora, de fato. “O golfe proporciona sim um networkin fantástico. No último torneio que eu joguei descobri que uma pessoa aqui de Rio Preto tem uma ilha na Bahia, e eu tinha um amigo que queria comprar uma ilha na Bahia, então coloquei os dois em contato. Também por meio do golfe consegui trocar uma sala comercial que eu tinha por um terreno”, diz. 

Perfil dos jogadores 
Os jogadores de golfe em Rio Preto são predominantemente das classes sociais A e B, entre eles, empresários de diversos segmentos, diretores de grandes empresas, médicos, advogados, dentistas, engenheiros, entre outros profissionais liberais. A média de idade dos praticantes está entre os 35 e 60 anos, e 80% dos jogadores são do sexo masculino.

“Contamos com empresários de todos os setores. Muitos representantes do setor do agronegócio e grande representatividade também nos setores do comércio e serviços. Uma vantagem do golfe é que uma partida pode ser disputada em igual condição por pessoas de diferentes níveis técnicos e faixas etárias”, explica Luiz Ricardo Queiroz. 

O diretor social do Clube Quinta do Golfe afirma que, apesar da predominância do público masculino, o clube tem registrado a chegada crescente do público feminino querendo conhecer mais sobre o esporte e fazendo aulas. “Muitas mulheres são estimuladas pelos maridos ou pelas amigas que já são golfistas. Já temos várias jogando e até mesmo nos representando em torneios pelo Brasil”, diz. 

Queiroz explica ainda que o golfe também tem atraído muitos jovens. “Temos aqui alguns jovens e talentosos golfistas de 12, 14, 15 anos que já estão brilhando e disputando inclusive torneios internacionais”, garante. 

A escolinha de Golfe Kids do Quinta do Golfe recebe alunos com idades a partir de cinco anos. O clube conta também conta com aulas para adultos que queiram iniciar ou aprimorar sua técnica no esporte. 

Inclusão
Apesar de ser um esporte praticado predominantemente por jogadores das classes A e B, o Quinta do Golfe tem um trabalho dedicado também à inclusão.

Todas as segundas-feiras, como forma de incentivar a prática do esporte entre seus colaboradores, todos podem usar o campo gratuitamente. 

Outra iniciativa é que, uma vez por ano, existe um torneio entre sócios e funcionários. “Essas ferramentas de inclusão são pouco divulgadas, mas de extrema importância. É importante que os colaboradores do campo também tenham a oportunidade de jogar golfe, um esporte fantástico”, explica o médico Renato Silva, um dos sócios do Clube Quinta do Golfe.

Foto: Elton Rodrigues




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