
por Carlos Cristal
Conscientes de que o aprendizado de uma nova língua era um diferencial para o futuro de seus filhos, muitos pais, até pouco tempo atrás, enxergavam quase que exclusivamente no ensino de inglês o único caminho viável para o sucesso. Mas outra língua passou a ganhar notoriedade nos últimos anos, a da tecnologia, mais precisamente a robótica e a programação.
De acordo com o relatório Futuro dos Empregos, do Fórum Econômico Mundial, linguagem de programação é uma das 10 habilidades emergentes no mercado de trabalho para os próximos cinco anos. E já é realidade em muitas escolas públicas e particulares do Brasil. Essas instituições de ensino têm adotado a programação em sua grade curricular por ser uma atividade que exige elaboração de raciocínio lógico, aprendizagem de forma colaborativa e utilização da criatividade para solucionar problemas, além de ser essencial para um presente cada vez mais tecnológico.
Jogos de videogame sempre foram a principal diversão de Lucas Fabiano da Costa Domingos, de 16 anos. Mas desde muito novo, já demonstrava interesse em ir além do mero entretenimento. “Eu queria desenvolver meus personagens e integrá-los ao universo do jogo. Sempre fui muito antenado em tecnologia e, com 12 anos, pedi para a minha família uma escola onde eu pudesse desenvolver minha criatividade. O mercado de trabalho da programação é infinito, porque usa a nossa criatividade para se expandir e crescer cada vez mais”, afirma Lucas, que é estudante do ensino médio e pensa em cursar Ciências da Computação.
A indústria de games segue bastante em alta no Brasil e no mundo e promete crescer ainda mais nos próximos anos. Segundo relatório elaborado pela Games Brasil, atualmente o mercado dos jogos eletrônicos vem crescendo 11% ao ano e a expectativa é que ultrapasse os 200 bilhões de dólares em receita, em 2023.
Com a enorme aceleração da mudança tecnológica, a pesquisa do Fórum Econômico estima que o mercado de trabalho global deve absorver cerca de 150 milhões de novos empregos ligados à área de tecnologia nos próximos cinco anos. Além de muitos outros empregos tradicionais que deverão ser convertidos em “empregos de tecnologia”, demandando mais competências digitais dos funcionários.
Lucas é aluno da Future 4.0, escola que prepara crianças e adolescentes para transformações no mercado de trabalho. Aliando aprendizado, tecnologia e diversão para que os alunos aprendam de forma prática com o método learning by doing (aprender fazendo).
A paixão de João Aleixo Bezerra, de 27 anos, diretor da escola, também nasceu a partir dos games. “Consegui unir uma vocação da minha mãe, que é pedagoga, ao universo em que sempre estive inserido, criando uma metodologia pra desburocratizar o ensino da programação e robótica pra crianças. Além da escola, levamos nossos métodos hoje a outras escolas de ensino fundamental e médio. Temos sete professores e mais de 400 alunos”, afirma o empresário.
“Eu sempre me interessei muito por robótica, adoro tudo que é ligado à tecnologia e construção. Não vejo a hora de me tornar um cientista e poder ajudar pessoas com as minhas invenções”, diz o garoto.
Cientista e youtuber
Outro exemplo de criatividade e grandes ambições com a tecnologia, Yago Albarotti, de apenas 9 anos, sonha em ser cientista e youtuber. Ele foi apresentado à robótica pelo próprio Youtube e, há dois anos, trilha o caminho para realizar seus sonhos. “Eu sempre me interessei muito por robótica, adoro tudo que é ligado à tecnologia e construção. Não vejo a hora de me tornar um cientista e poder ajudar pessoas com as minhas invenções”, diz o garoto.
Responsável pela escola onde Yago estuda, a People, André Stefano buscou inspiração para os negócios com o irmão, que cursou mecatrônica e hoje constrói satélites na Bulgária. Depois de muita pesquisa e visitar uma feira em São Paulo, o empresário decidiu apostar no negócio.
A escola é uma franquia nacional e oferece metodologia diferenciada para os alunos. Na grade curricular, existem opções de cursos de informática, robótica, idiomas, administração, design e web. “As disciplinas conversam entre si e as crianças aprendem brincando”, diz André.
Uma Pesquisa do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba aponta inclusive que crianças com transtorno do espectro autista (TEA) sentem mais facilidade na interação com máquinas, já que elas tendem a realizar repetições, transmitindo mais segurança.
“Temos 15% dos nossos alunos com espectro autista, e a curva de aprendizado e socialização dessas crianças é bastante significativa. A robótica pode estimular seu desenvolvimento social e comunicativo”, afirma o diretor.
Foto: Elton Rodrigues
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