
São José do Rio Preto, 04 de fevereiro de 2025 - Na região noroeste paulista, onde cana-de-açúcar, laranja e borracha são as principais culturas, o cacau surge como uma nova oportunidade para os produtores. Em Tabapuã, uma fazenda já possui uma grande plantação em produção, enquanto dezenas de outros agricultores somam cerca de 300 hectares dedicados ao cultivo do fruto em diversos municípios, incluindo a região de São José do Rio Preto.
Com a chegada da colheita, o foco agora é aprender as melhores técnicas para beneficiar o cacau, desde a colheita até a secagem das amêndoas, que serão usadas principalmente para a produção de chocolate. Os assistentes agropecuários da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) têm desempenhado papel crucial nesse processo, orientando os produtores sobre as melhores práticas de manejo.
Recentemente, a Fazenda Fartura, em Adolfo, recebeu o Dia de Campo do Programa Cacau SP, onde especialistas demonstraram as técnicas de fermentação e secagem das amêndoas. Além de cochos e bombonas, a estrutura inclui telado suspenso para proteger as amêndoas da chuva e do sol intenso.
O cultivo do cacau na região foi inicialmente uma resposta à crise enfrentada pelos produtores de borracha, que procuravam uma alternativa viável para o cultivo integrado com a seringueira. Desde 2010, os assistentes agropecuários realizaram pesquisas e experimentos para adaptar o cacaueiro ao clima quente e seco do Noroeste Paulista. A experiência, que incluiu visitas à Bahia, resultou em um arranjo de plantio com a instalação de quebra-ventos e o uso de bananeiras para fornecer sombra ao cacau nos primeiros anos.
Em 2019, os primeiros clones de cacau foram plantados experimentalmente, e três anos depois, o cacaueiro já começava a produzir. A irrigação foi adotada como um fator crucial para o sucesso da cultura na região. Hoje, a produção de cacau já se mostra promissora, com a qualidade das amêndoas superando a média nacional.
O apoio da Associação Comercial de São José do Rio Preto (Acirp) e da Fundação Cargil foi fundamental para viabilizar a instalação das unidades de adaptação tecnológica, que agora servem como modelo para o restante do estado. Desde 2021, o cultivo comercial de cacau tem se expandido, e a produção paulista começa a ganhar destaque no mercado nacional e internacional.
Com o trabalho contínuo dos assistentes agropecuários, o cacau está se consolidando como uma nova oportunidade econômica para o Noroeste Paulista, ampliando as possibilidades de diversificação agrícola e atendendo à crescente demanda por cacau de alta qualidade.
Foto: Associação dos Assistentes Agropecuários do Estado de São Paulo/Divulgação
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