Rio Preto




Na mira de investidores


Referência na área médica, Rio Preto começa a atrair grandes grupos de saúde. A Revista É Rio Preto foi conferir os investimentos em aquisições, fusões e novos projetos que superam centenas de milhões de reais.

Revista É Rio Preto - Investimentos Saúde

Rio Preto sempre se destacou pelo protagonismo na saúde. A cidade é referência em prevenção e tratamento das mais diversas doenças e atrai pacientes de todo o Noroeste Paulista, de estados distantes e até de fora do País. Não são raros os casos de procedimentos realizados primeiramente aqui para depois ganharem o Brasil e o mundo.

Mas não são apenas os pacientes que têm sido atraídos pelo potencial da cidade na área da saúde. Empresários e grandes grupos estão com a mira de investimentos apontada para Rio Preto. Nos bastidores, a movimentação é forte.

Negociações, aquisições, sociedades, novos empreendimentos e muita especulação têm despertado a curiosidade do que está por vir.

Nos últimos meses, um dos assuntos mais falados foi a possível venda do Austa Hospital para a Hospital Care, holding administradora de serviços de saúde pertencente aos fundos Abaporu e Crescera – esse último comandado até 2018 pelo atual ministro da Economia, Paulo Guedes.

As negociações, aparentemente, seguem sem alarde. Fontes revelam que não há nada oficial ainda, mas que o hospital estaria passando por auditoria trabalhista e fiscal, em todos os setores, para que o grupo tenha uma noção completa de como estão os negócios - número de servidores, dívidas, etc.

O Austa, que atualmente é uma empresa de capital fechado e uma sociedade civil limitada, teria de abrir seu capital e ainda assumir o perfil de Sociedade Anônima (S/A) para tornar a venda possível. A negociação se estende há dois anos e estava um pouco parada por conta do fim do ano fiscal. Com a entrada em 2020, a expectativa é que essa engrenagem comece a se movimentar novamente.

Em relação ao processo de transição, o Austa deseja que tudo seja feito com muito cuidado. A segurança dos pacientes é a principal preocupação.

Quanto aos valores, especula-se nos bastidores que o investimento do Hospital Care no Austa pode chegar a R$ 140 milhões. No entanto, o grupo deve adquirir apenas uma porcentagem do hospital, tornando-se o investidor majoritário, mas ainda dividindo o controle. “Essa seria uma forma do hospital conseguir investimento”, afirma uma das fontes ouvidas pela É Rio Preto que pediu para se manter anônima.

A aquisição do Austa (se concretizada) faz parte de uma agressiva ação de expansão do grupo Hospital Care para se consolidar nas principais cidades do interior de São Paulo. Eles já comandam os hospitais Vera Cruz, em Campinas, e São Lucas, em Ribeirão Preto.

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Unimed: expansões e hospital próprio

Com mais de 260 mil vidas em sua carteira, a Unimed Rio Preto segue com seu plano de verticalização do negócio e buscando formas de unificar e integrar serviços para melhorar o fluxo das unidades já existentes.

Nos planos da cooperativa para este primeiro semestre está a inauguração de dois novos espaços. No Plaza Avenida Shopping, a Unimed vai instalar uma unidade de serviços. E na Avenida Clóvis Oger, 900, um novo prédio vai unificar serviços multidisciplinares e de promoção e prevenção à saúde.

A Unidade de Atendimento no Plaza vai garantir, segundo a Unimed, maior capacidade de gestão de benefícios e será voltada para a promoção e prevenção, com foco em assistência resolutiva e coordenação de cuidado. Ali, os pacientes contarão com profissionais para atenção integral e primária à saúde, atendimentos de Saúde Ocupacional Unimed, coleta de exames laboratoriais, Unidade de Vacinação, entre outros serviços.

Já o espaço no Distrito Industrial receberá os serviços oferecidos no Núcleo de Atendimento Multidisciplinar (NAM), Medicina Preventiva Unidade IV (Avenida JK), Unimed Lar, Telemonitoramento de Pacientes Crônicos e palestras do Beabá Bebê. O novo espaço contará ainda com posto de coleta de exames laboratoriais e um serviço próprio de fisioterapia.

O que tem agitado os bastidores, no entanto, é a possibilidade de o plano de saúde ter seu próprio hospital. A novidade começou a circular no fim de 2019, quando a diretoria realizou as primeiras consultas entre seus médicos. Desde então, pequenos grupos estão sendo ouvidos para avaliar a aceitação.

Outras unidades da Unimed no Brasil já possuem hospital e a de Rio Preto vê nesse movimento um caminho sem volta. Atualmente, o foco é no estudo de possíveis terrenos, na viabilidade de construção, em como levantar a verba, etc.

Os valores de cada um desses empreendimentos também não são revelados.

“Seguindo a tendência de mercado de verticalização dos negócios, estamos iniciando esse projeto que é importante para o desenvolvimento da própria Unimed. Ele nasce alinhado com nossos planos e é mais um passo em direção à cooperativa que queremos para o futuro”, afirma o presidente da Unimed Rio Preto, Helencar Ignácio.

 

Funfarme constrói novo prédio

O complexo Funfarme, formado pelo Hospital de Base, Hospital da Criança e Maternidade, Ambulatório de Especialidades, Hemocentro e Instituto de Reabilitação Lucy Montoro, também está expandindo e investindo. A próxima novidade é o Bloco C, um prédio de oito andares que está em construção.

O térreo será usado para a parte de serviços de imagem, enquanto o segundo andar servirá como centro cirúrgico. Do terceiro ao oitavo ainda não há definição. Um Centro de Oncologia, previsto para o futuro espaço, é uma possibilidade, mas ainda é preciso conseguir o credenciamento, que já foi solicitado.

O complexo Funfarme realiza, por ano, 41 mil internações, 796 mil atendimentos, 43 mil cirurgias, mais de 1,3 milhão de exames laboratoriais e 511 mil exames de imagem. Dentro de seus atendimentos, 85% são ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto o restante é dividido entre convênios e atendimento particular.

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Ultra-X recebe investimento externo e tem 2ª unidade

Entre as muitas negociações e especulações, um negócio já concretizado foi a nova sociedade formada, no ano passado, do Ultra-X, tradicional centro de medicina diagnóstica na cidade, com grupo de médicos sócios no Hospital Sírio Libanês, de São Paulo.

Entre os envolvidos estão Giovanni Guido Cerri, atual chefe de radiologia do Hospital das Clínicas e do Sírio Libanês e ex-diretor da Faculdade de Medicina da USP, onde atua como professor titular na área de radiologia, e o médico Fernando Paiva.

O valor pago pelo grupo para entrar na sociedade não foi revelado e nem confirmado, apesar de todas as especulações, mas foi a maior negociação do mercado da saúde até então, segundo fontes próximas.

Com a nova gestão, o Ultra-X passou a se chamar Ultra-X Medicina Diagnóstica, ampliando os serviços prestados, e ainda ganhou uma segunda unidade, no bairro Boa Vista, com 4 mil metros quadrados.




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