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Montanha-russa


Quanto maior o risco, maior a chance de retorno. No mundo dos investimentos, essa máxima nunca fez tanto sentido para quem investe em moedas digitais, as criptomoedas. Considerada de alto risco, essa modalidade de investimento registrou forte valorização nos últimos meses. Nos últimos dias, no entanto, voltou a cair vertiginosamente.

Desde outubro do ano passado, o bitcoin, a moeda mais “famosa” do mundo das criptos, subiu mais de 400%: 1 bitcoin superou R$ 355 mil em abril. No último dia 19 de maio, estava na casa de R$ 196 mil.

Essa disparada despertou ainda mais o interesse dos investidores. Mas tamanha oscilação também desperta dúvida e receio, principalmente em investidores iniciantes e sem certeza de seu grau de tolerância ao risco.

Embora o bitcoin seja o mais comum, há mais de 5 mil moedas digitais atraindo entusiastas da tecnologia e investidores do mercado financeiro.

O empresário Paulo Santiago, que já tinha aplicações em renda fixa e poupança, decidiu migrar parte de seus investimentos para criptomoedas. O motivo, segundo ele, está na reserva de valor. “As criptomoedas estão fora do controle do Estado, com isso, poupança ou fundos tradicionais que quase nada rendem ou perdem valor estão sendo melhor investidos e rendendo infinitamente melhor nas criptos”.

Ele se considera um investidor conservador e conta que tem tentado cada vez mais entender o mercado. “Estou engajado em mentorias e análises de mercado. Nesse pouco tempo consegui em média um retorno mensal de 12% em meus rendimentos. Algumas criptos já renderam em apenas um mês aproximadamente 1000%. Porém, é preciso fazer a gestão de risco”, afirma.

Apesar da percepção de que as moedas digitais não são 100% seguras, o empresário pretende investir mais. “Se continuar no nível atual, a tendência é zerar as aplicações em renda fixa e poupança e migrar 100% dos recursos para as criptos. Esse mercado existe há mais de 5 anos e vem ganhando grande novos investidores a todo momento, em busca de proteção contra deflação das moedas tradicionais e melhorar os ganhos.”

Mas não são todos os investidores que se arriscam a entrar no mundo das criptomoedas. Os principais motivos são a alta volatilidade o receio sobre a segurança.

O agente de Investimentos Maikel Jacob, da Jacob Capital, explica que, em cenários de desconfiança com a economia mundial, como neste momento, moedas digitais podem performar melhor em termos de valorização. “Mas é um risco alto.” 

Tire suas dúvidas
O que são criptomoedas?

Criptomoeda é um arquivo único digital criptografado, ou seja, tem um código e não pode ser replicado. Por não ser emitida por nenhum governo, possui seu próprio protocolo, responsável por definir seu algoritmo e também estabelecer suas regras de funcionamento.

Para que servem?
As principais funções são: servir como meio de troca, facilitando as transações comerciais; reserva de valor, para a preservação do poder de compra; e unidade de conta, quando os produtos são precificados e o cálculo econômico é realizado em função dela.

Como funcionam?
As moedas digitais ficam armazenadas em uma carteira virtual. As operações são registradas pela tecnologia blockchain, que protocola as quantias transferidas, quem transferiu e recebeu e o valor movimentado. Para comprá-las, é necessário abrir conta em corretoras especializadas ou aplicar por meio de um fundo.

Principais riscos
Por se tratar de uma moeda digital e criptografada, os principais riscos são operacionais, como sofrer um ataque de hacker. Além disso, a volatilidade – que permite grandes ganhos ou perdas – é uma característica das criptomoedas. Também a aceitação ainda é tímida. São poucos os estabelecimentos que aceitam a criptomoeda como forma de pagamento. Além disso, não há qualquer garantia de que as moedas digitais virem um meio de troca no futuro. Por isso, a recomendação dos especialistas é investir apenas uma pequena parte do patrimônio nessa classe de ativo.

Foto: Elton Rodrigues




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