
Nas eleições do próximo dia 2 de outubro, Rio Preto e região têm grandes chances de ampliar sua representatividade política, tanto na Assembleia Legislativa e no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, quanto no Congresso Nacional, em Brasília.
Em 2018, após o resultado das urnas, a região viu diminuir sua representatividade política (veja quadro). Dos 81 senadores eleitos, três eram paulistas, mas nenhum ligado à região de Rio Preto. Na Câmara dos Deputados, dos 513 parlamentares, 70 paulistas foram eleitos, mas apenas três representavam o noroeste paulista: Fausto Pinato (PP), Geninho Zuliani (União Brasil) e Luiz Carlos Motta (PL). Já para estadual, dos 94 deputados, somente três eram “regionais”: Itamar Borges (MDB), Sebastião dos Santos (REPUBLICANOS) e Carlão Pignatari (PSDB). Como comparação, quatro anos antes, nas eleições de 2014, a região havia feito quatro federais e sete estaduais.
O cenário desenhado para 2022, no entanto, mostra-se mais animador, potencialmente. Pelo menos 13 candidatos com domicílio eleitoral em Rio Preto, de acordo com levantamento feito pela É até o dia 5 de agosto, devem concorrer a vagas no legislativo e executivo este ano, ampliando a possibilidade de fortalecer a representatividade política junto a esses Poderes.
Alguns se destacando na cena política, em seus primeiros mandatos e em busca da reeleição, caso do deputado federal Luiz Carlos Motta (PL), e outros preparando novos voos na carreira política, caso do deputado federal Geninho Zuliani, confirmado como candidato a vice na chapa de Rodrigo Garcia (PSDB) na disputa para governador do estado de São Paulo. Cabe lembrar que Garcia, atual governador de São Paulo e candidato à reeleição, é natural de Tanabi e possui um forte vínculo com Rio Preto.
Com domicílio eleitoral em Rio Preto, Geninho e Motta, como deputados, destinaram para a cidade desde 2018, segundo levantamento feito pela É, mais de R$ 25 milhões.
Na região, outros parlamentares com mandato e que tentam a reeleição são Fausto Pinato (PP), deputado federal domiciliado em Fernandópolis, e os estaduais Itamar Borges (MDB), Sebastião dos Santos (REPUBLICANOS) e Carlão Pignatari (PSDB).
Deputados da região com mandato
DEPUTADOS FEDERAIS
Geninho Zuliani - União Brasil
Luiz Carlos Motta - PL
Fausto Pinato – PRB
DEPUTADOS ESTADUAIS
Itamar Borges - MDB
Carlão Pignatari - PSDB
Pastor Sebastião – REPUBLICANOS
‘Fenômeno’ de 2018 não deve se repetir
Para o professor doutor em Ciências Políticas pela Unesp, Araré Carvalho, a representatividade política local e regional tende a aumentar nestas eleições. “Analisando os resultados de 2018, vemos que o movimento político ancorado pelo bolsonarismo ajudou a eleger aqui representantes que, provavelmente, até aquela data, nunca tinham passado por essa região, como foi o caso de Janaína Paschoal e Eduardo Bolsonaro, respectivamente do Rio de Janeiro e São Paulo. Isso foi prejudicial para a sociedade. O que a região perde? Perde principalmente em recursos que poderiam ser destinados para cá, ficando em segundo plano, visto que foram eleitas pessoas que não têm compromisso algum com os munícipes que moram nesta parte do Estado, e isso é muito ruim”, analisa.
Carvalho acredita que o fenômeno registrado nas últimas eleições não deve se repetir neste ano. “Os eleitores têm de ter consciência se quem eles vão escolher têm interesses regionais, se conhecem de fato a sociedade a qual estão inseridos, se têm, afinal, algum histórico com a região”, explica o cientista político.
O presidente da Acirp, Kelvin Kaiser, observa que ter representantes da região no âmbito político estadual e federal favorece o diálogo de forma mais rápida e clara. “Conseguimos acesso para sugerir políticas públicas que possam melhorar ou fomentar a economia e as demais questões enfrentadas pelo setor produtivo. Esses representantes, por conhecerem as oportunidades e os desafios da nossa região, conseguem trazer recursos ao município, potencializando novos investimentos em infraestrutura e desenvolvimento econômico”.
Leandro Freitas Colturato, presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), regional de São José do Rio Preto, argumenta que a representatividade política é imprescindível para o fortalecimento de uma região. “Nossas expectativas com os deputados, tanto federais como estaduais, é que defendam os direitos de toda uma classe, que consigam trazer recursos, em especial para a área da Saúde”.
Araré Carvalho explica ainda que, quando há a ausência de representantes regionais, cidades e regiões inteiras ficam ‘órfãs’ no jogo político. “Quando precisa defender os interesses da região, quem está lá, à frente? Com políticos com raízes locais ou regionais e vínculos sociais fortes, você tem um panorama. Mas sem essa relação, em uma região tão grande como é o noroeste paulista, fica difícil fazer as coisas acontecerem”.
Luiz Carlos Motta durante produção fotográfica para campanha: deputado federal que busca a reeleição tem domicílio eleitoral em Rio Preto
13 candidatos de Rio Preto devem
oncorrer nas eleições deste ano,
segundo levantamento feito pela É
“Os eleitores têm de ter
consciência se os políticos
em quem eles vão votar conhecem
de fato a sociedade a qual estão
inseridos e se têm histórico com a região.”
Araré Carvalho, cientista político
Fotos: Comunic
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