Mercado




O engenho dos artistas


São José do Rio Preto, 09 de novembro de 2021 - Conhecido nacionalmente pela cachaça Cabaré, depois da enorme visibilidade proporcionada principalmente pela exposição em lives de grandes nomes da música durante a pandemia, o Engenho Dom Tápparo rompe as fronteiras nacionais e mira cada vez mais no mercado internacional, com exportações para os Estados Unidos e a Europa. 

Neste ano, a empresa, que tem sede em Mirassol, fez sua segunda exportação - a primeira para o continente europeu. Os destinos foram a Inglaterra e a Holanda. Em 2019, antes da pandemia, a primeira exportação da marca foi para os Estados Unidos.

“A cachaça é um produto genuinamente brasileiro, então tem um apelo muito forte para quem mora fora. É também um item de recordação para os brasileiros que estão em outros países, para matar um pouco da saudade do Brasil. Por isso, nossa primeira exportação foi para a Flórida, local onde tem muitos brasileiros”, explica Breno Tápparo, diretor de produção do Engenho Dom Tápparo e que está à frente do engenho, junto aos dois irmãos, Bruno e Giovanni, e aos pais, Ademilson e Águeda. 

Por conta da pandemia, as cachaças exportadas para os EUA não puderam ir para os pontos de venda, que ficaram fechados. Mesmo assim, a empresa conseguiu crescer durante a crise, com o fortalecimento da marca no mercado nacional. 

Isso foi possível por conta de uma série de parcerias e estratégias que foram iniciadas em 2015, com o lançamento da Cabaré e a parceria com a Talismã, escritório do cantor Leonardo. O nome da cachaça, inclusive, foi inspirado na turnê de shows homônima feita por Leonardo ao lado de Eduardo Costa. 

Leonardo virou não só sócio da cachaça Cabaré como também um eficiente garoto propaganda, já que é querido no meio sertanejo e um bebedor assumido de cachaça. “No início, fizemos mil garrafas da Cabaré Extra Premium, uma bebida envelhecida por 15 anos em tonéis de carvalho europeu, que é envasada em garrafa francesa e tem o rótulo pintado na própria garrafa. Foi um sucesso de vendas. Digo sempre que o Engenho Dom Tápparo é um antes da Cabaré, e outro depois desse lançamento”, diz Breno. 

Com o aumento da procura, a empresa passou a ampliar seu mix de produtos e, atualmente, conta com mais de 40 itens de cachaça ou derivados dela - parte com a marca Cabaré. 

O crescimento do engenho, no entanto, esbarrou em um gargalo, o da distribuição. O problema foi resolvido com uma nova parceria, desta vez com o Grupo Petrópolis. “Esse foi um outro divisor de águas na nossa empresa. Tínhamos um bom produto e não tínhamos distribuição. Atualmente, nossas bebidas estão em todo o Brasil”, afirma o empresário.

Lives ajudaram a ‘encurtar’ o caminho
Com sua rede de distribuição estruturada, quando a pandemia chegou, o Dom Tápparo conseguiu colocar seu plano de crescimento em ação, por meio das lives, principalmente de cantores sertanejos, que deram uma grande exposição para a marca e, consequentemente, ajudaram muito a aumentar as vendas, mesmo com a suspensão de festas.

A ideia de investir pesado nas lives surgiu após a empresa realizar uma doação para uma delas. “Fizemos uma doação e isso nos trouxe um retorno muito positivo, então passamos a investir em outras e até a promover nossas próprias lives”, conta Breno Tápparo.

Apoiado na marca da Cachaça Cabaré, o engenho apoiou lives de cantores sertanejos e de outros gêneros, como do sambista Diogo Nogueira, e também realizou quatro lives próprias - a última delas com nomes como Jorge e Mateus, Bruno e Marrone, Marília Mendonça e o próprio Leonardo. Foram doadas mais de 100 mil unidades de álcool em gel, 300 toneladas de alimentos e 300 mil máscaras.

“Conseguimos, com as lives, um alcance que dificilmente teríamos ou que levaria anos para conquistar. A live deu visibilidade e o produto está em todo o Brasil. Com isso, passamos a aumentar o quadro de colaboradores. Nosso pensamento para o futuro é expandir cada vez mais”, explica Breno Tápparo. 

Marketing
Ao caminhar pelos barracões do Engenho Dom Tápparo, não é raro encontrar pequenos barris de cachaça com nomes de famosos. Uma das estratégias da empresa é enviar esses barris para que artistas, atletas, cantores, apresentadores, entre outros famosos, conheçam o produto e repercutam isso nas redes sociais. 

A ideia tem dado certo. Muitos famosos têm postado os produtos Dom Tápparo, o que reforça o trabalho de marketing digital. Entre os barris que estão prontos para serem despachados estão um para o jogador Neymar e outro para o também jogador Sheik.
 
História do engenho
O Engenho Dom Tápparo foi criado em 1978 pelo patriarca da família, José Tápparo. No início, ele fez cachaça para consumo próprio e para presentear amigos e familiares em uma propriedade de Mirassol. 

O sucesso já nas primeiras garrafas fez José Tápparo enxergar uma oportunidade de negócio. Já na segunda “safra”, fez 5 mil litros para vender e, desde então, o engenho não parou mais de crescer.

Na década de 1990, Ademilson Tápparo, filho de José, entrou no negócio e a produção foi ampliada para outros tipos de cachaça, coquetéis alcoólicos e licores.

Vinte anos depois, Breno, Bruno e Giovanni, filhos de Ademir e netos de José Tápparo, entraram na operação e conseguiram fazer a empresa expandir, com a criação da cachaça Cabaré. Novos barracões foram construídos e o mix de produtos chegou a mais de 40 itens. “Lá na década de 1980 e 90, meu avô já começou a comprar barris para envelhecimento”, lembra Breno.

O patriarca José Tápparo morreu em 2016, pouco tempo após ver o início da expansão do engenho com o lançamento da Cabaré. “Hoje, ele estaria muito orgulhoso de ver que a semente que ele plantou há mais de 40 anos está rendendo frutos para as próximas gerações. Crescemos mais de mil por cento desde o início do projeto, principalmente por conta das lives.” 

Museu
Para contar um pouco da história do Engenho Dom Tápparo, um museu foi criado na sede da empresa. O local, que deverá ser ampliado em breve, conta com os primeiros equipamentos usados na produção da cachaça e diversos itens conservados desde a fundação.

Na parede estão fotos antigas da família fundadora. Outro atrativo é uma estante com os primeiros rótulos produzidos pela empresa, que inicialmente era chamada de Engenho Celeste.

Confira mais um pouco desta história:


Fotos: Elton Rodrigues
Produção audiovisual: Comunic Comunicação Estratégica




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